domingo, janeiro 02, 2005

Lisboa



Nestas saudades que sobejam de ti Lisboa,
Dessas ruas, desses bairros, das vielas,
Do teu povo tolerante e vadio.
Que tristeza,
ouvir este fado amargurado
Teu sentir!
Que no meu se mistura
Pelo enlevo que tenho
de ti com ternura.

Dar-te graças por ti,
Pelo que em mim operaste.
Quando,
cheguei menino e moço,
E tu Lisboa,
menina e moça me recebeste,
para a vida me acordaste.

Num beijo jurado
Amor foi feitiço.
Inseguro e com medo
De te deixar um dia
E tua magia perder,
Para além da ponte
Prá lá do horizonte.

Pelos poetas leio-te,
De mim jorra o sentimento,
Mas em palavras não consigo
Descrever teu corpo,
Teu perfume ébrio,
Tua sensibilidade de mulher ardente.

A tua alma é sadia,
E o Tejo tolda-te de graça,
Enquanto teus castelos te protegem
A teu lado me regaço,
Nesta saudade infinita
Que por ti me guardo. Posted by Hello

Poema e Imagem: Duarte Olim

2 Comments:

At 11:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá Duarte
É um prazer poder ler-te na blogosfera. Ter acesso à tua escrita impregnada de sensibilidade e a transbordar de paixão pela vida.
Um abraço

 
At 11:50 da manhã, Blogger V. said...

Que palavras tão partilhadas!

 

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