Lisboa
Nestas saudades que sobejam de ti Lisboa,
Dessas ruas, desses bairros, das vielas,
Do teu povo tolerante e vadio.
Que tristeza,
ouvir este fado amargurado
Teu sentir!
Que no meu se mistura
Pelo enlevo que tenho
de ti com ternura.
Dar-te graças por ti,
Pelo que em mim operaste.
Quando,
cheguei menino e moço,
E tu Lisboa,
menina e moça me recebeste,
para a vida me acordaste.
Num beijo jurado
Amor foi feitiço.
Inseguro e com medo
De te deixar um dia
E tua magia perder,
Para além da ponte
Prá lá do horizonte.
Pelos poetas leio-te,
De mim jorra o sentimento,
Mas em palavras não consigo
Descrever teu corpo,
Teu perfume ébrio,
Tua sensibilidade de mulher ardente.
A tua alma é sadia,
E o Tejo tolda-te de graça,
Enquanto teus castelos te protegem
A teu lado me regaço,
Nesta saudade infinita
Que por ti me guardo.
Poema e Imagem: Duarte Olim
2 Comments:
Olá Duarte
É um prazer poder ler-te na blogosfera. Ter acesso à tua escrita impregnada de sensibilidade e a transbordar de paixão pela vida.
Um abraço
Que palavras tão partilhadas!
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