quarta-feira, março 23, 2005

Palavras Moribundas

Escreve-me palavras. Segue-me pela vida, não esmoreças. Lê-me as letras que dos olhos irradio. Vem, lê o meu conto, este fragmento de mim. Voa, abandona a frieza áspera da vida insana, e segue comigo por este caminho. Esquece as palavras, não te escravizes das letras que soltaste. Liberta-te. Deixa a pontuação livre, faz com que ela te force a parar noutros miradouros, deixando-te contemplar novos horizontes. Descobre. Faz outras pausas. Vive. Não fiques triste. Escreve o que entenderes, deixa que te leiam, mas não mostres a todos o que és. A escrita indelével é a que te vem sendo escrita na alma. Preocupa-te com ela. A outra, admira, aperfeiçoa, mas vive o amor, vive a existência e não deixes que a penumbra da perfeição te ceife cegamente os sentidos. Os teus dias. Aventura-te, vai, escreve palavras noutras almas. Deixa a tua marca, aliena-te da mecanização do ser. Sê tu próprio. Grava o teu sentir e saboreia a plenitude da vida. Sonha com a magia de uma mulher que lê os teus mais belos textos. Os manuscritos da tua alma.

16 Comments:

At 3:35 da manhã, Blogger Ana said...

A escrita traduz sempre algo de nós. A tua está bem viva.
Um beijo.

 
At 12:27 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Obrigada.

 
At 2:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Esta lindo Duarte.Continua.
Carla

 
At 7:06 da tarde, Blogger Estrela do mar said...

...desejo-te uma Páscoa muito feliz...
Um beijinho*.

 
At 7:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Parabéns.Estás escalando o Evereste da Poesia e do sentimento sentido.
Ass: O teu amigo chato que às vezes te irrita outras te admira.
Mas que é mesmo teu amigo e quando te elogia o faz com séria frieza e sentidamente.
PS: continua. Quando se encontra um obstáculo que se deve transpor ACELERA-SE.

 
At 11:03 da tarde, Blogger clarinda said...

Olá Duarte
Um texto sobre as palavras é uma ousadia. as palavras libertam-se e libertam quem as escreve. poderão ou não libertar quem as lê. mas é um desafio que tem que aceitar quem gosta de escrever.
um beijinho.

 
At 10:19 da manhã, Blogger elisa said...

Antes de mais, agradeço a tua visita e comentário:)
Parecem-me bem vivas estas palavras moribundas e disseram-me muito.Gostei especialmente deste pedido: "não deixes que a penumbra da perfeição te ceife cegamente os sentidos"
Um beijinho.

 
At 1:33 da tarde, Blogger musalia said...

Duarte,

as palavras não nos pertencem, autonomizam-se desde o momento em que de nós se soltam. Não mostrar o que somos, não é fácil, elas revelam-nos aos olhares, às leituras, às interpretações... que podem, no entanto, não coincidir com o que guardamos em nós.
Paradoxo? talvez...:)
beijos.

 
At 7:48 da manhã, Blogger DT said...

Habituaste-me a textos de maiores de dimensões, mas embora mais parco em palavras, a profusão de sentimento que é teu apanágio lá está.
A tua escrita é de uma qualidade inegável, resta-me deliciar-me com as tuas palavras.
Abraço leonino

 
At 3:52 da tarde, Anonymous Anónimo said...

LINDO!

 
At 3:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Aqui cheguei por meio dum comentário seu, nO blog Esquina do Mundo. Fiquei sensibilizada com o que lá escreveu, a proposito da passagem do José Antonio Gonçalves. E ainda mais impressionada fiquei com os seus escritos. Ainda bem que na Madeira existem pessoas como você...É que às vezes, perco as esperanças...
Um abraço ( de madeirense para madeirense...)

Valéria, do blog
fadista-valeria-mendez.weblog.com.pt

 
At 1:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá amigo! Sempre vim cuscar e na verdade, apesar de ja ter comprovado a tua facilidade no uso da escrita, ainda assim surpreendeu-me agradavelmente.Um beijo.

 
At 10:27 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Antes de mais, agradeço-te pela tua passagem no meu blog.
Gostei muito do teu blog, também por escreveres poesia e por gostares de fotografia. Muito bom.
SEmpre que puder, deixarei a minha marca. Aventura-te sempre e alimenta as palavras.

 
At 11:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Duarte,

Senti-me contagiada pela força arrebatadora das tuas palavras carregadas de sentimento. Adorei conhecer este teu texto.

Um Beijo,
Rute

 
At 11:50 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Escrevi isto hoje no meu blog “Maresia e Luar”, depois de o ter citado e transcrito este seu poema em forma de prosa. Espero que não se importe!
É que já andava a sufocar se não o citasse, se não o desse a conhecer aos meus amigos.
Tudo o que aí digo é sentido. Creia que o admiro imenso!
Beijinhos

“Era isto que eu precisava! Eis o antídoto para a minha alma ensanguentada pelo doloroso parto da escrita.
Depois de ter lido os magníficos textos e poemas que apareciam em diversos no blogs, entre os quais primavam na minha escolha o Blog “areiasolta.no.sapo” ou no espaço “Arco& Tangente” (http://spaces.msn.com/members/cadencia/) descubro, finalmente, um outro que me dá imenso prazer em visitar. Um blog que descobri por mero acaso há uns tempos e cujo conteúdo se aproxima, em muito, à qualidade a que fui habituada nos outros dois (um deles já extinto).
Neste espaço aprendo como se escreve. Aprendo que a palavra, quando tratada desta forma, é digna de ser lida à mesa de reis! Espero que em breve o Duarte coloque estes dizeres num livro. Irei à Madeira, se necessário, para lhe pedir um autógrafo! Palavra de honra!
Desejo ao Duarte Olim muitas felicidades e que sempre mereça da vida a sua verdadeira essência: o AMOR.
Bem haja Duarte!”

 
At 6:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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