segunda-feira, abril 25, 2005

Correligionários

Mordomos,
Servis interesseiros,
Vendidos aos automatismos,
Dos sins na ponta da língua,
Gel no cabelo e gravatas engalanadas
Ataviados de apetrechos
Quais futilidades do mundo!
Assim,
Sem carácter nem dignidade
Caminham,
Inglórias marionetas
Acessórios de sistemas,
Parecenças?
Não me tentem com esses temas.

Esquecidos do não
Do orgulho e indignação,
Honrados nasceram
Mas ao lucro alienaram a alma
De amor-próprio exonerada
Pergunto:
De que lhes serve o poder?
Para quê o dinheiro?
Poder inócuo e vazio,
Que incapacita de dizer Não!
Rendido à condição
De alugar o rabo e a razão,
E nem saber o que foi a Revolução.

15 Comments:

At 11:52 da tarde, Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Olá Duarte

Que bela maneira de dizer as coisas de uma forma abrangente.

"De alugar o rabo e a razão,
E nem saber o que foi a Revolução"

Estas palavras dizem tudo, só mesmo os acéfalos, não as entenderão!

Um beijo

 
At 8:30 da tarde, Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Duarte

Passei, para agradecer as tuas palavras :-)

E dar-te um beijo muito grande

 
At 1:10 da manhã, Blogger DT said...

Amigo Duarte
Vejo que o teu blog continua na mesma linha de crítica social! Continua!
Abraço leonino, esperemos que o dia de amanhã nos corra de feição.

 
At 8:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá Duarte. Voltei a passar por aqui. Beijos

 
At 8:19 da manhã, Blogger Sérgio A. Correia said...

Olá, Duarte! Desculpe a inconveniência, mas creio que nos conhecemos: fui, se não estou em erro, seu "explicador" de Latim, nos idos dos anos 80, na Fernão de Ornelas. Um abraço (se tiver efectivamente sido meu explicando...Caso contrário, um abraço à mesma para si e parabéns pelo seu exclente Blogue! :)

 
At 10:52 da manhã, Blogger Duarte said...

Olá Sérgio, seja bem aparecido no meu modesto refúgio de nome "desfiladeiro". Não foi inconveniência nenhuma. Pelo contrário. Não, não fui seu explicando, todavia, agradeço as palavras elogiosas. Na verdade sou da área de ciências. Do latim, estou apenas familiarizado com o nome de alguns espécies botânicas :) Um abraço

 
At 10:20 da manhã, Blogger clarinda said...

Duarte,
e agora estes candidatos ditos independentes, que toda a gente conhece? Deviam autoproclamar-se candidatos dependentes do poder.

 
At 10:00 da manhã, Blogger A. Narciso said...

Excelente poema ao 25 de Abril. A apelar à consciencia.
Abraço

 
At 12:02 da tarde, Blogger Sonia F. said...

Gostei muito deste espaço. É sempre bom encontrar conterrâneos neste espaço virtual. Sérgio, nos anos 80 estava eu a aprender Latim na Escola Francisco Franco. Dois longos anos de latim, dolorosos mas inesquecíveis. :)

 
At 6:22 da tarde, Blogger DT said...

Amigo Duarte,
Estamos na final!!! O sonho nunca esteve tão perto.
Abraço

 
At 1:31 da tarde, Blogger Ana said...

Duarte
Com o prazer de voltar a ler-te, deixo-te o convite para subires a encosta onde encontrarás, finalmente, a minha contribuição para a Cadeia de Literatura.
Um beijo.

 
At 9:44 da tarde, Blogger Sérgio A. Correia said...

Parabéns pelo poema sobre a Revolução! Vejo nos seus textos um requinte cada vez maior..Força!:)

 
At 10:22 da tarde, Blogger Madeira Inside said...

Olá! Prometido é devido....sempre que venho à net passo no teu blog, e para variar ( :P ).... adorei o poema.
Um beijinho :)

 
At 3:01 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Great work!
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At 3:02 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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