Crepúsculo do Mar
Invadido por este brilho azulino
Rendo-me na beira da falésia,
E, na languidez da tarde
Recosto a cabeça nas costas das ondas.
Irrompe este azul por mim adentro,
Infinito como o horizonte
Inunda-me o espanto
Por este mar sumptuoso, belo
Debruado por sombras
Que o crepúsculo recorta no manto marinho
Das nuvens suspensas,
Alcandoradas no caminho.
Centelhas pululam nas correntes
Reluzindo neste mar ilhéu
Quais estrelas nascendo
Que se elevam para o céu.
Perto de mim, surgem esparsas
Lá fora, adensam-se indefinidas
Na linha do horizonte
Um filamento reverbera desta luz
Minguando a claridade das águas
Enquanto a tépida tarde
Vai esfriando os meus braços
E a minha ânsia
Vira brandura e calma,
Nesta hipnose reconfortante
Panaceia da minha alma.
Foto e poema: Duarte Olim
2 Comments:
Olá Duarte
Diante de ti uma paisagem a que misturas o teu sentir e o desejo alcançado de paz.
Um beijinho
Quereria eu ser centelha e pulular por esse mar...
Deixaste-me sem palavras, porque num mundo de emoções como as ondas.
Beijinho
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