Inércia
Nada me ocorre,
Um simples laivo de inspiração
Um relampejo indolente
Um flash lúcido,
Uma mera purgação da mente.
Nada acontece,
Neste torpor persistente,
Oh papel desperdiçado!
Por palavras desconexas
Ideias sem brilho
Ao menos esta folha,
Podia servir para embrulho.
Não chores árvore,
Presto-te fraco tributo
Reverencio a tua gratidão
Não sei da tua essência
Mas esta poesia
Garanto!
Não vale um tostão.
8 Comments:
Olá Duarte,
Não concordo com o último verso, pelo contrário, este texto é uma prova provada que a poesia está em tudo, mesmo nessa 'inércia' nesse'flash ' e , digo eu, nessa angústia.
Resta-nos embalá-la para que adormeça e se transforme num quadro, seja ele qual for.
Um beijinho
será, em última instância, um poema à folha e à sua origem. conversamos tantos com os espaços brancos que imprimimos de afectos, emoções...sem nos lembrarmos de quem os recebe :)
beijinhos, Duarte.
Mas esta poesia
Garanto!
Não vale um tostão.
revela alguma consciência, amigo. Acho até uma imprecação à poesia.
Olá Duarte
Não digas nem a brincar que este poema:
"Não vale um tostão".
São "riquíssimas" as tuas epressões. Acredita!
Beijinhos
riquissimo cada verso teu
embalei-me nas palavras desconexas
entre os brilho das ideias
lindo o que escreves
beijinhos meus
lena
Nem tudo o que se escreve é poesia...
Querido Duarte,
a tua poesia é lindíssima!! Pode não valer um tostão, porque não há preço que o "compre", mas vale algo muito importante, que é a beleza da escrita, acredita!!
Beijinhos e obrigada pelas palavras deixadas lá no meu cantinho!
:))))))))**
um dos meus poemas preferidos!a negação consciente da inspiração! e o contraste é que lhe beleza e até musicalidade!
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