Aceno
Deito-me na lisura deste litoral,
Na berma de um lago de sal,
Com inusitados cisnes marinhos.
A harmonia das águas,
Rumoreja idílios de saudades,
Envolve-me o abraço do desassossego
Longínquo,
Entrecortado pelo canto das aves marinhas
Que no aceno sonoro,
Testemunham a dor da minha ausência
Solto-me absorto neste momento
Apoiado pela ternura dos teus braços
No abraço que te quero dar desta distância.
Foto e poema: Duarte Olim
6 Comments:
desabraças o desassossego. querendo abraçar quem está longe. e aí descansas, nesse abraço imaginado.
na orla da tua solidão que comunga com uma outra, a 'outra' em outra margem da vida.
beijos.
Um "aceno" de palavras, transformado num abraço entre o presente e a distância.
Gostei bastante!
"Solto-me absorto neste momento
Apoiado pela ternura dos teus braços
No abraço que te quero dar desta distância fria..."
Beijinho.
Venho desejar um encaracolado 2006 ... enrroladinho em coisas boas, cheio de alegria e boa disposição, força, amigos, amores, dinheiro, perspectivas, saúde, muita farra e ... dizer-te que foi um enorme prazer contar contigo na casquinha ...
Que um mar de felicidade inunde as vossas vidas no próximo ano !!!!
Beijoquinha muito encaracolada em coisas !!!! ;)
Olá Duarte,
A harmonia das águas não está em consonância com o interior, há uma ' distância fria' que desassossega. Muito bonita a forma como a inquietação surge.
Bom Ano!
Um beijinho
Belo poema!
Gostei sobretudo do verso final :)
Um poema muito lindo. Cheio de significado e sempre… mas sempre com o mar ao longe. Mas também um poema doce, quase de amor.. quase de saudade.
Andei distante.. mas agora regresso para o ler.
Quanto à foto.. é magnífica. A cor rosácea das pedras conjugada com o azul do mar e com os pontos de luz dos corpos dos cisnes torna este poema de uma beleza ímpar.
Beijinhos.
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