quarta-feira, dezembro 28, 2005

Aceno



Deito-me na lisura deste litoral,
Na berma de um lago de sal,
Com inusitados cisnes marinhos.

A harmonia das águas,
Rumoreja idílios de saudades,
Envolve-me o abraço do desassossego
Longínquo,
Entrecortado pelo canto das aves marinhas
Que no aceno sonoro,
Testemunham a dor da minha ausência

Solto-me absorto neste momento
Apoiado pela ternura dos teus braços
No abraço que te quero dar desta distância.

Foto e poema: Duarte Olim

6 Comments:

At 4:04 da tarde, Blogger musalia said...

desabraças o desassossego. querendo abraçar quem está longe. e aí descansas, nesse abraço imaginado.
na orla da tua solidão que comunga com uma outra, a 'outra' em outra margem da vida.
beijos.

 
At 8:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Um "aceno" de palavras, transformado num abraço entre o presente e a distância.
Gostei bastante!


"Solto-me absorto neste momento
Apoiado pela ternura dos teus braços
No abraço que te quero dar desta distância fria..."


Beijinho.

 
At 8:51 da tarde, Blogger Caracolinha said...

Venho desejar um encaracolado 2006 ... enrroladinho em coisas boas, cheio de alegria e boa disposição, força, amigos, amores, dinheiro, perspectivas, saúde, muita farra e ... dizer-te que foi um enorme prazer contar contigo na casquinha ...

Que um mar de felicidade inunde as vossas vidas no próximo ano !!!!

Beijoquinha muito encaracolada em coisas !!!! ;)

 
At 10:15 da tarde, Blogger clarinda said...

Olá Duarte,

A harmonia das águas não está em consonância com o interior, há uma ' distância fria' que desassossega. Muito bonita a forma como a inquietação surge.

Bom Ano!

Um beijinho

 
At 9:39 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Belo poema!
Gostei sobretudo do verso final :)

 
At 11:27 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Um poema muito lindo. Cheio de significado e sempre… mas sempre com o mar ao longe. Mas também um poema doce, quase de amor.. quase de saudade.
Andei distante.. mas agora regresso para o ler.
Quanto à foto.. é magnífica. A cor rosácea das pedras conjugada com o azul do mar e com os pontos de luz dos corpos dos cisnes torna este poema de uma beleza ímpar.
Beijinhos.

 

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